Em seus discursos de posse, Andréa Luisa Zhouri Laschefski e Sônia Magalhães reforçam os agradecimentos à Associação Brasileira de Antropologia reiterando, como expresso por Andréa Zhouri, que o momento nos exige uma atitude vigilante: “A reconstrução das instituições, do marco legal, da democracia e das políticas públicas em novos moldes certamente exigirá ações sistemáticas de várias instituições da sociedade civil, incluindo as associações científicas como a ABA. Sejamos otimistas e festivos, porém atentos e vigilantes para colaborações que eventualmente nos demandem análises e incidências críticas necessárias a balizar construtivamente o caminho para a observação dos direitos dos grupos e povos com os quais estamos imersos em interlocuções científicas e técnicas. Que tenhamos lucidez e firmeza necessários diante das situações em que eventuais apelos às posições supostamente “realistas”, “pragmáticas” e “responsáveis” nos cobrarem negociações que tangenciem objetivos tão arduamente perseguidos. Pois, se colocamos fim à violência nua, por certo não desejamos retornar à condição de violência lenta”.

 

Sônia Magalhães, em seus agradecimentos à Associação Brasileira de Antropologia, reitera a importância histórica e os compromissos da ABA com a sociedade brasileira. Em suas palavras: “Finalizo, evocando a esperança e a força dos povos da caatinga onde nasci e da Amazônia que me acolheu, assim como a beleza das cheias do Itapicuru e as vazantes do São Francisco, do Tocantins e do Xingu que me enchem de afeto e de esperança”.