.....Sobre antropologia e imagem | ||
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Patrícia Monte-Mór Antropóloga. Coordenadora do Núcleo de Antropologia e Imagem - NAI/DCIS/UERJ
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O movimento de reconhecimento da história da antropologia como objeto de pesquisa tem sido apontado por inúmeros especialistas como uma importante característica de nosso ofício. A cada geração, a antropologia é "reinventada", cada antropólogo "repensa" a disciplina1. "A história da antropologia para o antropólogo, não é apenas um passado, mas fonte de inspiração para solucionar as novas questões que se colocam no presente", diz Marisa Peirano (1995) 2. O uso da imagem no âmbito das ciências sociais, que já vem sendo destacado por diversos autores, especialmente a partir dos anos 60, parece ganhar hoje maiores proporções. Entre nós, esse movimento teve projeção significativa com o advento do vídeo. Seu crescimento começou a ter visibilidade a partir do trabalho das ONGs, num primeiro momento, e da criação de núcleos dedicados ao uso da imagem nas universidades, num segundo momento, no final dos anos 80. A fotografia, o cinema, o vídeo, passaram a fazer parte constitutiva de diferentes empreendimentos de pesquisa, ainda que de forma tímida. Questões teórico-metodológicas sobre o uso da linguagem audiovisual na pesquisa antropológica ganharam expressão. Por outro lado, com o advento das televisões a cabo e um novo interesse pelo cinema documentário, um mercado específico para a pesquisa voltada ao universo cinematográfico e televisivo se esboçou. Foi assim, que, a partir de 1993, passei a me dedicar à organização de um festival de filmes documentários de caráter etnográfico _ a Mostra Internacional do Filme Etnográfico _ evento que pretende ser uma vitrine da produção nacional e internacional do gênero, incluindo títulos recentes e clássicos. A Mostra foi se sedimentando em paralelo a algumas outras iniciativas que surgiram, a partir de então, nos meios acadêmicos, em torno da antropologia visual. Filmes e vídeos etnográficos, assim como a fotografia, são considerados recursos capazes de potencializar a discussão metodológica, constituindo-se em fontes alternativas de registro e informação ou de divulgação de resultados de pesquisa. Tratava-se, no entanto, de construir um campo, de identificar interlocutores, de organizar a literatura, de sensibilizar as agências para apoio aos projetos específicos, de estruturar núcleos e centros com equipamentos mínimos de trabalho na área da imagem. A partir de 1992, diversos fóruns de trabalho e pesquisa foram organizados nas reuniões da ANPOCS e da ABA sobre usos da imagem nas ciências sociais, além de mostras específicas de vídeo e da instituição de um concurso de vídeos etnográficos da ABA, com o Prêmio Pierre Verger, a partir de 1996, em Salvador. Uma rede de pesquisadores e de pesquisas em torno do uso da imagem se estabeleceu. E neste balanço, algumas publicações devem ser mencionadas: Cinema e antropologia: horizontes e caminhos da antropologia visual (orgs.: Parente, José Inacio e Monte-Mór, Patrícia, 1994); Desafios da imagem (orgs.: Bianco, Bela Feldman e Leite, Mirian M., 1998); Imagem e ciências sociais (org.: Koury, Mauro, 1998); A imagem em foco: novas perspectivas antropológicas (orgs.: Eckert, Cornélia e Monte-Mór, Patrícia, 1999) além das revistas Cadernos de Antropologia e Imagem (UERJ, semestral, a partir de 1995) e Horizontes Antropológicos (UFRGS, número dedicado à Antropologia Visual, 1995). Assim, vivemos um período de descoberta da Antropologia Visual entre nós. Seminários e encontros, organização de acervos fílmicos, iniciação de pesquisadores no uso da imagem, institucionalização da disciplina, espaço para a projeção dos trabalhos realizados, publicações. Esse processo parece fazer mais sentido se levarmos em conta as tendências pós-modernas do final dos anos 80, que redefiniam a pesquisa etnográfica, levando a um repensar sobre a autoridade do texto antropológico, questionando as relações sujeito/objeto nas pesquisas, e enfatizando o caráter construído dos textos resultantes. Bela Bianco, embora chamando a atenção para as narrativas etnográficas como construções ao estilo de montagens cinematográficas, aponta para a ênfase explícita que os antropólogos continuavam a dar ao texto escrito. Essa ênfase, segundo a autora, "relegou a uma posição marginal e oculta o fato de que a prática da pesquisa antropológica implica também, de um lado, a produção de artefatos visuais enquanto documentos consti-tutivos da pesquisa, e, de outro, não só a elaboração de textos escritos mas também a elaboração de etnografias visuais" (in Monte-Mór & Parente, 1994). Essa aparente novidade do uso da imagem nos levou a um interesse pela história da antropologia e sua relação com o audiovisual. Aqui no Brasil, vários são os trabalhos que têm enfocado esta temática,3 coincidindo com iniciativas de tratamento de acervos de imagens em museus e coleções.4 No resgate de experiências pioneiras, acredito que possamos buscar algumas pistas importantes, ou mesmo "inspiração", para novos caminhos. Antropologia e Cinema: primeiras imagens Em fins do século XIX, Europa e América buscavam mercados para os seus produtos industrializados. Missionários, exploradores, viajantes lançavam-se em busca das terras distantes, do exótico, do "homem primitivo". Em tempos de colonialismo, as teorias evolucionistas justificavam a dominação do Novo Mundo. A antropologia que se estabeleceu nesse período tinha como tarefa conhecer os povos, registrar sua cultura e coletar seus objetos para a constituição de museus etnográficos. Da bagagem desses viajantes, a câmera fotográfica e também cinematográfica, passou a fazer parte. Desde 1860, a fotografia já ocupava um lugar especial na antropologia britânica. Mas foi no ano de 1885, que Félix Louis Regnault, membro da Sociedade de Antropologia de Paris, filmou a famosa série de cronofotografias de uma mulher fabricando potes de cerâmica e propôs a criação de um arquivo de filmes antropológicos nos museus etnográficos, destinados ao estudo das sociedades humanas. Já a partir de 1898, filmes etnográficos vão ser pensados como documentação audiovisual na pesquisa de campo: a expedição ao estreito de Torres congregou especialistas de diversas áreas, coordenados por Cort Haddon, da Universidade de Cambridge. Originou-se assim a institucionalização dos cursos de antropologia em Cambridge e na London School of Economics. Coube à expedição coletar diversos objetos da cultura material, fauna e flora, além de registros de imagens: danças e rituais. Segundo Pierre Jordan (1995) e Karl Heider (1995), assim como Marc Piault (1999), essa expedição inaugurou o uso da imagem nos quadros da pesquisa científica. No Brasil, a criação da seção de Antropologia, Zoologia Geral e Aplicada, Anatomia Comparada e Paleontologia Animal, em 1876, no Museu Nacional, no Rio de Janeiro, parece ser um marco fundamental na gênese dos estudos de Antropologia, segundo Castro Faria (1987), "como uma consequência quase que direta da influência exercida, na segunda metade do século XIX, pela Sociedade de Antropologia de Paris", sendo o "homem primitivo o principal centro de interesse e a craniometria o processo". No mesmo ano, a publicação do primeiro volume de Arquivos do Museu Nacional assinalava o início desse período, que se alongou até a primeira década do século seguinte. Em 1877, criou-se o primeiro curso de antropologia oferecido pelo Museu Nacional. Na era das exposições nacionais, o Brasil realizava a sua Exposição Antropológica, em 1882 _ um grande evento. Objetos indígenas, telas com retratos de diferentes tipos indígenas pintadas a óleo e a presença física de índios Botocudos do interior do Espírito Santo e de Minas Gerais fizeram um enorme sucesso de público na corte de Pedro II. Passar das primeiras experiências de laboratório com a imagem em movimento para a verdadeira sessão pública de cinema só foi possível graças à genialidade dos Irmãos Lumière, na França, que criaram no mesmo movimento o cinema documentário, em 1896. Equipes de operadores partiram por todo o mundo, exibindo os filmes, encantando multidões. Tinham a função de "abrir as objetivas para o mundo" (Sadoul, 1945). As câmeras Lumière no Brasil, foram rapidamente integradas ao trabalho de alguns fotógrafos, como por exemplo o do português Silvino Santos, na Amazônia, no começo do século, que realizou entre 1910 e 1930 mais de oitenta filmes, além de inúmeros negativos em vidro (Costa, 1988). Foi, no entanto, no contexto da Comissão de Linhas Telegráficas e Estratégicas do Mato Grosso ao Amazonas, a famosa Comissão Rondon, que a fotografia e em seguida, o cinema, teve papel de destaque. Rondon se iniciou nas Comissões Telegráficas em 1890, passando a dirigí-las em 1907. O Major Luiz Thomas Reis, seu grande colaborador, foi o principal responsável pela memória visual das populações indígenas brasileiras, tendo participado dos trabalhos da Comissão até 1938. Embora tenha dividido esse trabalho com diferentes fotógrafos, dentre eles Benjamin Rondon, o Major Reis realizou um vasto material de singular qualidade, com produções fílmicas bem cuidadas, com técnica apurada, consideradas excepcionais para a época. Esse trabalho tinha como objetivo exibir às populações urbanas este grande Brasil e seu interior, divulgando as ações da Comissão e seu projeto de integração nacional.5 Para Pierre Jordan (1995), Reis "realiza o primeiro filme etnográfico verdadeiro ... filma utilizando todas as possibilidades que lhe oferece o tipo de material que dispõe. Ele escreve com a câmera." Foram inúmeros os filmes realizados, dentre eles: Os sertões de Mato Grosso (1914), Rituais e festas bororo (1916), Ao redor do Brasil (1933). É importante mencionar também toda uma produção posterior, que se desenvolveu no contexto do então Serviço de Proteção aos Índios (SPI), criado por Rondon. Nos quadros da famosa Comissão, o antropólogo E. Roquette-Pinto (1912) dirigiu o filme Rondônia, resultado de suas pesquisas entre os Pareci e Nhambiquara da Serra do Norte, Mato Grosso. Durante esse trabalho produziu também inúmeras fotografias, algumas já publicadas na primeira edição de seu livro, de mesmo título, em 1917. Castro Faria destaca a "excepcional qualidade" de suas imagens e comenta: "é preciso lembrar que nas primeiras décadas do século fotografar não era um ato simples, de apontar a câmera e apertar o disparador. Era preciso saber tirar maior proveito da máquina primitiva, era preciso tomar decisões corretas, sem instrumentos a respeito de luz, distância, foco ...". (Castro Faria, 1998) Iniciando sua carreira no Museu Nacional em 1905, na seção que então se denominava Antropologia e Etnografia, Roquette-Pinto foi chefe da mesma a partir de 1924, passando a diretor do Museu Nacional de 1926 a 1935. Dentre as diversas realizações da Comissão Rondon, está a viabilização do trabalho de campo de pesquisadores dos três grandes museus etnográficos brasileiros à época: Museu Nacional, Museu Goeldi e Museu Paulista, depositários hoje de importante acervo. O cinema, visto como instrumento de registro do exótico e das curiosidades do mundo ou simples divertimento das elites, ganhou novas perspectivas no pós-guerra (1914-1918). A partir de 1912, na Europa, nascia uma segunda corrente no cinema, que estaria a serviço do "desenvolvimento do sonho" e tem Meliès como seu principal artífice (Piault, 1999). As técnicas de trucagem se desenvolvem. Duas grandes experiências cinematográficas irão marcar esse período: os trabalhos do russo Dziga Vertov e do irlandês Robert Flaherty. Esta revolução no cinema também foi acompanhada de perto pela antropologia. O ano de 1922 é emblemático devido à publicação de The Argonauts of the Western Pacific, a grande obra de B. Malinowski. Estabelecendo os cânones da moderna pesquisa de campo, Malinowski buscou apreender "o ponto de vista nativo". É importante notar o uso sistemático que fez da fotografia em suas pesquisas, que podem ser conferidas na publicação de suas monografias (Samain, 1995). Esse início promissor de uma relação entre a antropologia e a imagem não resultou, no entanto, em efeitos imediatos. Algumas iniciativas célebres devem ser ainda apontadas, como as de Marcel Griaule, na África, nos anos 30, e as de Margaret Mead e Gregory Bateson em Bali, entre 1936 e 1939. A presença do antropólogo Claude Lévi-Strauss, no Brasil, também na década de 30, teve resultados importantes, dentre eles a publicação da obra ícone da antropologia deste século: Tristes trópicos. Com Dina Lévi-Strauss realizou inúmeros pequenos filmes etnográficos durante suas pesquisas: Cerimônias funerárias entre os Bororo, Aldeia Nalike, Festa do Divino Espírito Santo, Festejos populares de Mogy das Cruzes, entre outros. A fotografia também foi valorizada nesse trabalho, como nos mostra hoje a obra Saudades do Brasil, e a coleção de fotografias de Luiz de Castro Faria, o representante brasileiro na Expedição à Serra do Norte, chefiada por Lévi-Strauss (1938). A fotografia, nesse período, era parte fundamental da aprendizagem do ofício de etnógrafo e do treinamento para o trabalho de campo, diz Castro Faria. "No Museu Nacional havia pelo menos três Roleiflex, um laboratório e um ótimo fotógrafo. Aprendia-se a fotografar com aprendia-se a pesquisar" (Domingues, Monte-Mór e Sorá, 1998)
Jean
Rouch e a antropologia partilhada
O antropólogo-cineasta Jean Rouch é considerado um divisor de águas. Desde 1946, vinha se iniciando no cinema, no interior da África. Em 1951, no Niger, filmou Bataille sur le grand fleuve. Exibiu o filme às pessoas filmadas e estabeleceu um diálogo com elas. Esboçou-se aí o que vai chamar de "antropologia partilhada": "Eu já havia refletido muito sobre o absurdo de escrever livros inteiros sobre pessoas que não teriam acesso a eles aí, de repente, o cinema permite ao etnógrafo partilhar a antropologia com os próprios objetos de sua pesquisa". (Rouch, 1993) Mas é em 1960, com o sociólogo E. Morin, que Rouch propõe a grande mudança no documentário. Retomando as idéias de Vertov e de Flaherty, Rouch e Morin filmam Cronique d'un été. Câmeras portáteis, que o próprio Rouch ajudara a desenvolver, som sincrônico, buscando o "estado de espírito das pessoas em Paris num verão em que a guerra da Argélia dominava suas vidas". A técnica de Rouch incluía a presença em cena da câmera e do próprio realizador, fazendo perguntas, apresentando a reação dos informantes. O documentário, para ele, é sempre a arte do encontro. Seu trabalho irá influenciar grandes nomes do cinema mundial. No Brasil, a experiência documental do Cinema Novo abriu caminhos para a realização de inúmeros títulos, sintonizados com os debates políticos da época, que se revestem hoje de interesse etnográfico. Os filmes da famosa Caravana Farkas, como a série de pequenos curtas batizada como Brasil-Verdade, são exemplos do período. Com a criação da Universidade de Brasília, a antropologia e o cinema também se encontraram através dos trabalhos de Heinz Forthman com os antropólogos Roberto Cardoso de Oliveira, em Quarup e Roque Laraia, em Jornada Kamaiurá. Novas perspectivas A proposta de uma antropologia visual hoje, não pode deixar de levar em conta essa história. Com certeza, ela teve outros desdobramentos. Mas a partir deste período, os anos 60, o chamado cinema etnográfico irá buscar a via que lhe permitirá dar conta, o mais fielmente possível, dessa experiência única e delicada que é o encontro de duas culturas, buscando escutar-se reciprocamente. (Ver Piault, 1994:68). Em 1973, Margaret Mead publicou o artigo "Visual anthropology in a discipline of words". Suas palavras parecem fazer ainda mais sentido quando repensamos a disciplina hoje. Assim, numa antropologia que se quer polifônica, reflexiva, plural, as imagens entram como um recurso teórico-metodológico de valor singular. Para David MacDougall (1994) o filme etnográfico tem uma elaboração múltipla, resultado de um diálogo "intertextual". Especialmente com o advento do vídeo, desenvolvem-se trabalhos em que antropólogos e cineastas estão juntos, em busca de uma linguagem comum. Sérios problemas teórico-metodológicos se apresentam, tais como: cinema de observação ou cinema de participação; presença afirmada do realizador-antropólogo ou ensaio de objetivação da observação; intervenção sobre o evento ou registro; descrição do discurso ou desenvolvimento com comentários; legendas ou cartões explicativos; tamanho de equipes de filmagem; construção ou reconstrução da realidade observada? Jean Rouch já preconizava alguns desses debates, especialmente quando nos deparamos com as questões colocadas pela mídia indígena, uma rica produção de imagens "auto-etnográficas", como dizem Marcus e Fisher (1986) e que nos desafiam. Para fazer antropologia hoje precisamos ler as monografias, os clássicos, como quer Peirano (1995), porque a teoria e a prática, na antropologia, estão juntas. Mas para fazer antropologia visual, precisamos ler as monografias e conhecer os filmes. Ver e rever os filmes. Texto escrito e imagem, com certeza são complementares. Conscientes de que ambos são construções, autorais, ficamos mais livres para produzir novos filmes, vídeos e ensaios fotográficos, não como "simples registros do real", mas como construções a partir da observação e da pesquisa. "Informados pela crítica sofisticada de filmes de arte e comerciais, os pesquisadores práticos do filme etnográfico estão conscientes de que estes são textos tão construídos como os trabalhos escritos", dizem Marcus e Fisher (1986). Novas perspectivas se colocam, neste final de milênio. Não acredito que seja tendência daqueles que trabalham com o uso da imagem na pesquisa social buscar a afirmação de uma disciplina autônoma e independente, como talvez sugerissem as primeiras formulações. As realizações imagéticas, as reflexões, as instrumentações da linguagem, a apreensão de um tipo de relação específica com o trabalho de campo levaram a um questionamento novo da posição do antropólogo. Mais que tudo, trata-se de refletir sobre a valorização deste instrumental hoje _ o cinema e a produção de imagens _ como forma de renovação teórica e metodológica da própria antropologia. Referências Bibliográficas Castro Faria, Luiz de. Escritos exumados. Niteroi, EDUFF, 1987. ____. "O antropólogo e a fotografia". In Turazzi, M. I. (org.) Revista do IPHAN. Fotografia. Rio de Janeiro, 1998. Costa, Selda Valle da. Eldorado das ilusões. Cinema e sociedade: Manaus 1897/1935. São Paulo, PUC, 1988 (dissertação de mestrado). DaMatta, R. Relativizando. Uma introdução à antropologia social. Petrópolis, Vozes, 1981 Domingues, H. Monte-Mór, P e Sorá, G. "Retrato brasileiro dos tristes trópicos". Rio de Janeiro, Ciência Hoje, 24/144, nov, 1998. Heider, Karl. "Uma história do filme etnográfico". Cadernos de Antropologia e Imagem. Rio de Janeiro, NAI/UERJ, 1995 (1). Jordan, Pierre. "Primeiros contatos, primeiros olhares". Cadernos de Antropologia e Imagem. Rio de Janeiro, NAI/UERJ, 1995 (1). Leach, E. Repensando a Antropologia. 1974. MacDougall, David. "Mas afinal, existe realmente uma antropologia visual". 2a Mostra Internacional do Filme Etnográfico- Catálogo. Rio de Janeiro, Centro Cultural Banco do Brasil e Interior Produções, 1994. Marcus, G & Fischer, M.. Anthropology as cultural critique. Chicago, The Chicago University Press, 1986. Mead, M. "Visual anthropology in a discipline of words". In Hockings, P. (org). Principles of visual anthropology. Paris, Mouton, 1975. Monte-Mór, P. e Parente, J.I. Cinema e antropologia: horizontes e caminhos da antropologia visual. Rio de Janeiro, Interior Edições, 1994. Peirano, Mariza. A favor da etnografia. Rio de Janeiro, Relume Dumará, 1995. Piault, Marc-Henri. "Antropologia e cinema". 2a Mostra Internacional do Filme Etnográfico - Catálogo. Rio de Janeiro, Centro Cultural Banco do Brasil e Interior Produções, 1994. ____. Cinéma et ethnologie. Paris, 1999 (mimeo) Rouch, J. "Os `pais fundadores'. Dos `ancestrais totêmicos' aos pesquisadores de amanhã". Mostra Internacional do Filme Etnográfico - Catálogo. Rio de Janeiro, Centro Cultural Banco do Brasil, Interior Produções, 1993. Sadoul, G. L'invention du cinéma. Paris, 1945. Samain, E. "Bronislaw Malinowski e a fotografia antropológica". Porto Alegre, PPGA, Horizontes Antropológicos, 1995 (2). Stocking Jr., G. "The ethnographer's magic". In ____. (org) Observers observed. Madison, The University of Wisconsin Press, 1983. Notas 1 Ver por exemplo Leach, E. (1974) e DaMatta, R. (1981) 2 Ver também Stocking, G (1983) para este tema. 3 Ver, para citar alguns: Lygia Segalla sobre Victor Frond; Sandra Lacerda, sobre Harald Schultz; Fernando de Tacca, sobre os filmes do Major Reis; a publicação de Diários indios, de Darcy Ribeiro; de Saudades do Brasil, de Lévi-Strauss. Dentre os projetos em andamento: sobre as fotografias de Luiz de Castro Faria; e sobre o acervo de imagens de Roberto Cardoso de Oliveira. 4 Dentre as diversas iniciativas, a mais recente parece estar no Museu do Indio, RJ: tratamento dos negativos de vidro de importante coleção sobre populações indígenas brasileiras. 5 A propósito, ver os trabalhos de Antonio Carlos de Souza Lima.
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Boletim
da ABA, nº 31 - 1º Semestre de 1999
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