O V Festival do Filme Etnográfico do Recife durante os dias 28 a 31 de outubro exibiu cerca de 42 filmes em 4 mostras paralelas e 1 mostra competitiva promovido pelo Programa de Pós-graduacão em Antropologia e realizado pelo Laboratório de Antropologia Visual da UFPE.Durante esses dias aconteceram, cursos, oficinas e fórum de debates sobre o filme etnográfico. Diferentemente de outros anos, o festival desenvolveu um projeto de intercâmbio entre realizadores indígenas, especificamente entre Curtis Taylor, do povo Martu do deserto ocidental da Austrália e Alexandre, do povo Pankararu do sertão pernambucano. Uma experiência que mereceu um debate com especialistas que atuam com a mídia nativa. O festival premiou os filme “Palavras-Almas”, de Gloria Scappini, do Paraguai, como melhor filme etnográfico, Por dar voz e revelar a dignidade das palavras dos Mbya-Guarani do Paraguai e por realizar um filme que claramente exprime a profundidade de uma pesquisa etnográfica e relação com as pessoas.”Fuera de Foco” dos realizadores Adrián Arce y Antonio Zirión do México, por sua forte estrutura narrativa e relação com os protagonistas e pelas escolhas estéticas e soluções criativas utilizadas para filmar o contexto institucional de uma prisão juvenil. O filme Xilunguine, A Terra Prometida, Moçambique, Inadelso Cossa recebeu a menção especial do júri, pela utilização das imagens que descrevem a migração rural-urbano de uma perspectiva histórica revelando como as pessoas lidam com as dinâmicas identitárias. O filme “O Elefante Branco – Resistência Indígena a Transposição do Rio São Francisco” Pernambuco, dos realizadores Manuela Schillaci, Martina Feliciotti e Lorenzo Grimaldi recebeu o prêmio de melhor filme pelo júri popular. Participaram como membros da comissão julgadora: Alex Vailati, Caro Macdonald, Curtis Taylor e Jorane Casto. Visite a pagina do festival para saber mais: www.filmedorecife.com.br.