Informativo nº 21/2021 | 25/11/2021

Está no ar o site da 33ª Reunião Brasileira de Antropologia! Lá estão disponíveis todas as informações sobre o evento, que acontecerá entre 28 de agosto e 03 de setembro de 2022 em modo remoto. Optamos pelo encontro on-line, pois nos pareceu prematuro neste contexto em que ainda há incertezas sobre o curso da pandemia, nos lançar na organização de um evento presencial do porte da RBA, garantindo todas as condições de biossegurança, sem promover aglomeração e com os desafios logísticos e orçamentários de deslocar milhares de pessoas de modo seguro. Esperamos que na próxima RBA, a reunião presencial já seja possível.

O tema desta RBA – Defender direitos e fazer antropologia em tempos extremos – nos convida a pensar sobre o papel da nossa disciplina na produção de conhecimento, na defesa da ciência e na luta pelo acesso, garantia e ampliação de direitos fundamentais e vitais das populações marginalizadas em tantos e tão diversos contextos. Nosso tema pretende também abrir a reflexão sobre o momento extremo que vivemos, no qual projetos de morte e destruição ganham contornos explícitos e escala que desafia nossa capacidade de dimensionar e sentir. Às vésperas da celebração do bicentenário da independência do Brasil e a poucas semanas de uma eleição que acontecerá sob forte tensão e temores de ruptura, a 33ª RBA será um tempo de pensar sobre limites, conflitos e resistências, sobre projetos de constante construção e destruição.

A 33ª Reunião Brasileira de Antropologia, ainda que remota, será organizada em conjunto entre a ABA e o Programa de Pós-Graduação em Antropologia e Arqueologia (PPGAA) e o Departamento de Antropologia (DEAN) da Universidade Federal do Paraná, em Curitiba. Há 20 anos a RBA não acontece no sul do país, e há 36, em Curitiba. Será uma oportunidade da antropologia no Paraná compartilhar com a comunidade de todo o Brasil os seus temas relevantes, o conhecimento produzido na região e as lutas travadas num estado cuja história reflete de um modo muito duro a violência e o silenciamento a que foram e são submetidas as populações subalternizadas no país, onde resistir e defender direitos pode ser um desafio singular. A presença, ainda que on-line, de uma ampla parcela da comunidade de antropólogos e antropólogas de todo o Brasil no Paraná será um sinal importante de apoio e visibilidade às muitas formas de resistência que se organizam no estado.

Site 33ª RBA: https://www.33rba.abant.org.br/

Contato:
E-mail: rba@sinteseeventos.com.br
WhatsApp para atendimento direto: (011) 999255503

Atenciosamente,

Diretoria – Gestão 2021-2022

Artes Visuais, Antropologia (Audio)visual e Contracolonialidades
26/11/2021, 15h às 17h30
Comitê Antropologia Visual
TV ABA: https://www.youtube.com/tvaba

Encruzilhadas transatlânticas: negras antropologias na diáspora africana e em África
29/11/2021, 15h às 17h
Comitê Estudos Africanos
TV ABA: https://www.youtube.com/tvaba

hiv/aids em tempos de crise: (re)tomando ações, (re)pensando políticas
01/12/2021, 15h30 às 18h
Comitê Gênero e Sexualidade
TV ABA: https://www.youtube.com/tvaba

Comitê Povos Tradicionais, Meio Ambiente e Grandes Projetos da Associação Brasileira de Antropologia (ABA)

O Comitê Povos Tradicionais, Meio Ambiente e Grandes Projetos da Associação Brasileira de Antropologia vem a público manifestar profunda preocupação com o processo de revisão do Código da Mineração (Decreto Lei 227/67), em trâmite no Congresso Nacional. No dia 10/11/2021, a relatora responsável, deputada Greyce Elias, apresentou na Câmara de Deputados uma proposta de reformulação do código com alterações importantes que representam ameaças aos direitos de povos e comunidades tradicionais e ao meio ambiente. São elas:

1. Caracterização da atividade minerária de modo a subordinar os direitos constitucionais de povos e comunidades tradicionais e sobrepor interesses comerciais minerários ao direito fundamental ao meio ambiente ecologicamente equilibrado;
2. Encolhimento do papel regulador do Estado e a transferência desse poder para o setor privado minerador;
3. Prejuízos à Política Nacional de Segurança de Barragens;
4. Conflito com as diretrizes do Conselho Internacional de Mineração e Metais (ICMM).

A Associação Brasileira de Antropologia, através de sua Comissão de Assuntos Indígenas, da sua Comissão de Direitos Humanos e de seu Comitê de Migrações e Deslocamentos, vem a público externar sua preocupação sobre a situação de abrigamento das famílias da etnia Warao no DF, diante das informações graves trazidas pelo documento da Defensoria Pública Federal e da Defensoria Pública do DF.

O Fórum Nacional das Associações de Arquivologia do Brasil (FNArq) e entidades que subscrevem esta nota vêm a público enfatizar a importância do Arquivo Nacional para a garantia dos direitos civis, a transparência das informações públicas e a preservação da memória e da cultura nacional. Assim, sublinhamos a necessidade de quadros técnicos qualificados para implementar políticas efetivas para a área, dentro da missão institucional do órgão federal.

Em reunião online realizada pela plataforma Zoom, acontecida no dia 19 de novembro de 2021, membros dos comitês e comissões da ABA deram continuidade à discussão sobre os Projetos de Lei (PLs), que tramitam no Congresso Nacional, a respeito da revisão da Lei Nº 12.711, de 29 de agosto de 2012, que dispõe sobre a reserva de vagas nas universidades federais e outras instituições de ensino superior.

Este boletim é produto de uma iniciativa de defesa das Ciências Sociais brasileiras articulada pela ABA, ABCP, ANPOCS e SBS em pareceria com o Observatório do Legislativo Brasileiro (IESP/UERJ).

Nesta 8ª edição, abordamos a revisão da política de cotas. Lei Federal 12.711/2012, conhecida como Lei de Cotas, garante a reserva de 50% das vagas, em instituições de ensino superior e técnico vinculadas ao Ministério da Educação, a estudantes oriundos da escola pública. Essa reserva se divide meio a meio, entre estudantes de renda familiar per capita inferior a 1,5 salários-mínimos e superior a essa marca. Dentro de cada um desses subgrupos se aplica uma reserva de vagas para estudantes pretos, pardos e indígenas na proporção de sua participação na população da unidade federativa na qual a instituição é localizada. Além disso, estipulou revisão dessa regra após 10 anos. O prazo, portanto, se encerra em 2022.

O comité de Relações Internacionais da ABA tem o prazer de anunciar que American Anthropological Association escolheu o Prof. Dr. Gustavo Lins Ribeiro como o ganhador do Prêmio Franz Boas por Serviços Exemplares à Antropologia anunciado durante a ultima Reunião Anual da AAA em Baltimore. Esta homenagem é concedida aos membros cujas carreiras demonstram realizações extraordinárias que serviram bem à profissão antropológica".

Gustavo Lins Ribeiro foi o fundador em 2004 e primeiro presidente do Conselho Mundial de Associações Antropológicas (WCAA). Atualmente mora no México, onde é professor titular da Universidade Autónoma Metropolitana e Pesquisador Nacional Nível 3 do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CONACYT). É professor emérito da Universidade de Brasília, onde atuou de 1988 a 2014, e Membro Honorário da União Internacional de Ciências Antropológicas e Etnológicas. O Dr. Lins Ribeiro também recebeu uma bolsa Wenner-Gren Wadsworth na década de 1980 e foi membro do Conselho Consultivo da Fundação Wenner-Gren na década de 1990.  Gustavo Lins Ribeiro receberá Prêmio Franz Boas 2021 por Serviço Exemplar à Antropologia. Gustavo Lins Ribeiro atuou anteriormente como co-presidente da antiga Comissão de Antropologias Mundiais e do Comitê de Antropologias Mundiais da AAA. Ele atuou como presidente da Associação Brasileira de Antropologia em 2003 e ajudou a estabelecer o Conselho Mundial de Associações Antropológicas (WCAA) em 2004.Conforme declarado no site AAA: A bolsa, pesquisa e serviço do Dr. Lins Ribeiro demonstraram uma excelente aplicação do conhecimento antropológico para melhorar a condição humana ao longo de sua expressiva carreira.  As suas áreas de pesquisa abrangem questões das antropologias mundiais, o transnacionalismo, migrações internacionais e tendências em mudança nas práticas comunicativas. Gustavo é estudioso prolífico, que tem contribuído extensivamente para as publicações da AAA em português, espanhol e inglês. Até o momento, o Dr. Lins Ribeiro é autor ou editor de mais de vinte e sete livros. Ele publicou mais de 130 artigos em várias revistas, incluindo American Anthropologist, American Ethnologist, Annual Review of Anthropology, Critique of Anthropology, Current Anthropology e Journal des Anthropologues.

Lançamento v.7 n.1

Nessa edição, há artigos que compõem as já existentes seções Novas Pesquisas e Ensaios, bem como em novas seções, Pedagógicas e Ofício. A seção Resenhas conta com uma parceria com a Editora Unifesp. O Fórum desta edição é intitulado "Localizando a Antropologia Brasileira: contribuições para pensar corpo, lugar e a geopolítica da produção de conhecimento", mobilizando debates sobre formas de produção de conhecimento antropológico no Brasil contemporâneo. 

Recebemos submissões em fluxo contínuo

Aceitamos submissões em fluxo contínuo para todas as seções, além de propostas de Fórum. A fim de promover o debate, convidamos também nossos leitores a enviarem respostas aos fóruns já publicados, assim como a textos publicados em outras seções. Mais em nosso site: http://novosdebates.abant.org.br/.

Dossiers
Anthropology in times of intolerance:
challenges facing neoconservatism
Flows, Circulations and their Opposites:
Ethnographic Perspectives and Theoretical-Methodological Challenges
Caribbean Routes:
Ethnographic Experiences, Theoretical Challenges, and the Production of Knowledge

Leia-os clicando em: www.vibrant.org.br/lastest-issue-v-17-2020/.

Data: 22 de novembro a 10 de dezembro de 2021
Informações: Programação

Data: 23 a 26 de novembro de 2021
Informações: https://www.even3.com.br/sernegra2021/

Data: 04 a dezembro de 2021
Informações: https://www.sympla.com.br/iv-seminario-sobre-armacoes-baleeiras-de-santa-catarina__1423531

Data: 13 de dezembro de 2021, 17h
Informações: https://modernlanguages.sas.ac.uk/events/event/25222

Data: 08 de dezembro, 14h UTC
Informações: Cartaz

A Revista Eletrônica INTERAÇÕES SOCIAIS – REIS, editada pelos docentes da área de Sociologia da Universidade Federal de Rio Grande – FURG, publica chamada para o Dossiê: Antropologia e Educação: desafios interdisciplinares. Prazo para submissões: 30 de dezembro de 2021. Informações: https://www.periodicos.furg.br/reis.

A revista Habitus, editada pela PUC Goiás/IGPA está recebendo artigos para o dossiê: Prática etnográfica e conhecimento arqueológico: etnoarqueologia, etnografia arqueológica e arqueologias indígenas e colaborativas. Prazo para submissões: até 30 de agosto de 2022. Informações: chamada / http://seer.pucgoias.edu.br/index.php/habitus/.

Organização: Theophilos Rifiotis, Fernanda Cardozo
Ano de lançamento: 2021
Páginas: 316
ISBN: 978-65-87289-15-1
DOI: 10.48006/978-65-87289-15-1

PDF

Organização: Candice Vidal e Souza, André Dumans Guedes
Ano de lançamento: 2021
Páginas: 523
ISBN: 978-65-87289-16-8
DOI: 10.48006/978-65-87289-16-8

PDF

HATZIKIDI, Katerina; DULLO, Eduardo (Edited). A Horizon of (Im)possibilities: A Chronicle of Brazil’s Conservative Turn. University of London, 2021.
https://modernlanguages.sas.ac.uk/events/event/25222

Antropotretas
Série Ligas Camponesas – Terra e Trabalho

Larvas Incendiadas
Sexismo científico (com Lìvia Ciabatti)

Mundaréu
Mundo na Sala de aula 18 – Lembrar pra nunca mais acontecer

Museológicas Podcast
#126 – Quilombismo jurídico para uma sociedade antirracista e contra-colonial (com Samuel Vida)

Em novembro, estreia a série INCONTÁVEIS, produzida pela Comissão da Memória e Verdade da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Com seis episódios, a série trata de temas pouco discutidos relacionados à ditadura militar no Brasil (1964-1988).

Os episódios tratam da violência da ditadura contra as mulheres, a população LGBTQIA+, a população negra e moradora de favelas, os povos indígenas, os educadores e os trabalhadores do campo e da cidade.

Com objetivo de analisar os impactos sociais da pandemia de Covid-19 em suas múltiplas dimensões e complexidades e elaborar propostas de intervenção em diálogo com ações já desenvolvidas e com as respostas locais à pandemia, criou-se a Rede Antropo-Covid, materializada pelo projeto “Estado, populações e políticas locais no enfrentamento à pandemia de Covid-19: análise social e diretrizes de ação e intervenção não farmacológica em populações em situação de vulnerabilidade e precariedade social”.

Nela colaboram, em parceria, pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Universidade de Brasília (UnB), Universidade Estadual do Centro Oeste – Paraná IV (UNICENTRO), Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Universidade Federal do Pará (UFPA), no desenvolvimento de pesquisas em três eixos temáticos: (i) “impactos e respostas locais à pandemia”, (i) “saúde mental e sofrimento social” e (iii) “políticas e gestão pública do enfrentamento à pandemia”.

A Rede Antropo-Covid convida todos a acompanharem o desenvolvimento do projeto, bem como seus eventos e publicações pelo website sites.google.com/academico.ufpb.br/antropo-covid e pelo Instagram @antropocovid.

Confira o vídeo da final da copa indígena de futebol e o discurso do técnico do time vencedor.