A Associação Brasileira de Antropologia lamenta o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco, mulher negra, militante da causa feminista e dos direitos humanos e do motorista Anderson Pedro Gomes, mortos a tiros no centro do Rio, dentro do carro. Marielle acabara de participar do evento “Jovens Negras Movendo as Estruturas”.
Marielle em 28 de fevereiro se tornou relatora da Comissão cujo objetivo é fiscalizar o Poder Público, visitar territórios, colher dados, solicitar informações e organizar reuniões sobre a intervenção no Município do Rio de Janeiro. No domingo dia 11 de março ela postou que os moradores de ACARI estavam sendo aterrorizados.
Repudiamos tal ato de violência e manifestamos nosso mais sincero pesar e solidariedade para as famílias, seres queridos, defensores dos direitos humanos e civis e moradores de favelas que Marielle defendia e representava.
De igual modo, expressamos nossa preocupação pela situação envolvendo sua morte e as consequências desse ato para o respeito e garantia dos direitos civis dos cidadãos brasileiros, em especial para todos aqueles que de forma mais ou menos visível e pública advogam pela vigência dos direitos humanos.
Por fim, exigimos a investigação e elucidação do crime.
Brasília, 15 de março de 2018.
Associação Brasileira de Antropologia e sua Comissão de Direitos Humanos
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