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destaques da ABA | ||||||||
32ª Reunião Brasileira de Antropologia – RBA | ||||||||
A 32ª Reunião Brasileira de Antropologia – RBA, com tema Saberes Insubmissos: diferenças e direitos, será realizada entre os dias 07 e 10 de julho de 2020, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro UERJ (Campus Maracanã). O site do Congresso está no ar: http://www.32rba.abant.org.br/. Confira as normas (http://www.32rba.abant.org.br/conteudo/view?ID_CONTEUDO=412) e submeta sua proposta de Mesa Redonda – MR e/ou Grupo de Trabalho – GT até o dia As dúvidas devem ser esclarecidas através do e-mail: 32rba@abant.org.br. |
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O risco da presunção de impunidade | ||||||||
A Associação Brasileira de Antropologia (ABA) vem a público chamar a atenção da sociedade brasileira para o risco da presunção de impunidade se tornar algo socialmente epidêmico em relação aos povos indígenas no país. São inúmeros os sinais que nos chegam de diferentes regiões e que nos levam a pensar que estamos avançando, como sociedade, para uma situação muito perigosa: entre a assimilação e a possibilidade de extermínio programado de uma parcela da população brasileira. Espancamentos, humilhações, constrangimentos, invasão de terras, extração ilegal de recursos naturais no interior das Terras Indígenas, agravamento do quadro de despojo dos meios de sustento alimentar e renda por meios sustentáveis. A isso se somam a precarização da saúde e o adoecimento, agravados pelo desmonte do subsistema de atenção à saúde indígena e a limitação imposta à participação e ao controle social indígena sobre as políticas públicas. Vemos juízes anulando ou paralisando a efetivação de direitos territoriais indígenas em clara situação de conflito de interesses; a paralização do processo demarcatório das Terras Indígenas pela Funai; a iminência da regulamentação da exploração mineral, dos monocultivos, da exploração florestal, do turismo e de outras atividades econômicas no interior das Terras Indígenas; órgãos do poder executivo federal (Funai, Ibama e Iphan) e de boa parte dos estados sendo aparelhados com pessoas comprometidas com “agilizar” licenciamentos de empreendimentos de infraestrutura, extração de recursos naturais e agronegócio no interior e no seu entorno, com efeitos ambientais negativos nos territórios indígenas. Além disto, neste ano os desmatamentos e as queimadas se acentuaram nos biomas Amazônia, Cerrado e Pantanal e afetaram direta e indiretamente várias Terras Indígenas. Passados trinta anos da invasão garimpeira de 1987, os yanomami novamente estão a vivenciar uma nova onda de ocupação do seu território tradicional e a inércia e omissão do Estado brasileiro diante da situação. Estima-se que mais de vinte mil garimpeiros de ouro estão hoje trabalhando dia e noite na TI Yanomami, promovendo desmatamentos, contaminando cursos d’água, introduzindo hábitos alimentares conhecidamente danosos a saúde entre os yanomami, além da alcoolização e da exploração sexual de mulheres e meninas, indígenas e não indígenas. Recentemente os Wajãpi, no Amapá, foram vítimas de uma ação armada de pessoas estranhas não indígenas, que adentraram na Terra Indígena Wajãpi e criaram uma situação de pânico entre a população. Na ocasião o idoso Emyra Wajãpi foi encontrado morto em circunstâncias não esclarecidas. Embora os indígenas tenham apontado várias evidenciais materiais do ocorrido, o governo federal e os órgãos responsáveis por investigar agiram de forma a gerar na opinião pública dúvidas sobre o que teria acontecido de fato. Por fim, em 6 de setembro passado, o colaborador da Fundação Nacional do Índio (Funai) Maxciel Pereira dos Santos, que trabalhava há mais de doze anos na Frente de Proteção Etnoambiental Vale do Javari, foi assassinado com dois tiros pelas costas em plena luz do dia, na mais movimentada avenida na cidade de Tabatinga (AM), na fronteira do Brasil com Colômbia e Peru. Maxciel atuava principalmente em ações de vigilância e fiscalização da Terra Indígena Vale do Javari, onde vivem povos indígenas isolados e de recente contato, e alvo de invasões de garimpeiros, caçadores, madeireiros, grileiros fazendeiros e narcotraficantes. Após o assassinato de Maxciel, indígenas e funcionários da Funai, em toda a região de Tabatinga estão muito amedrontados. Servidores do órgão que atuam nas bases de proteção localizadas no interior da TI Vale do Javari estão pedindo para sair com medo. Aumenta a vulnerabilidade do território e da população indígena. E a impunidade vai se instalando, pois até hoje nem os assassinos, nem os mandantes foram identificados. Como pesquisadores e cidadãos, manifestamos nossa indignação e repúdio em relação a essa situação. É preciso e urgente haver politização, articulação e mobilização pública que seja democrática, plural e igualitária, pois, em realidade, todas e todos estamos hoje sob o risco da presunção de impunidade. Brasília/DF, 01 de outubro de 2019 Associação Brasileira de Antropologia – ABA e sua Comissão de Assuntos Indígenas – CAI Leia aqui a nota em PDF. |
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Manuela Carneiro da Cunha: vivemos em um mundo ao contrário | ||||||||
“É um momento como nunca vimos no Brasil. É a primeira vez que há um discurso tão agressivo contra o ambiente e os povos indígenas. Isso nunca foi apoiado explicitamente. Agora é incentivado, é explícito. É totalmente diferente de qualquer governo anterior, mesmo na ditadura militar. Mais de 200 povos, mais de 200 línguas estão sendo ameaçadíssimos”. “É um mundo ao contrário. É balela essa história de que índio ameaça as fronteiras e que estão sentados em cima das riquezas”, afirma. Ela lembra dos debates na Constituinte, onde a questão da mineração em terras indígenas também foi discutida. Naquele momento, além dos índios e de seus tradicionais defensores, a causa foi defendida pelos geólogos: https://tutameia.jor.br/e-preciso-resistir-em-todos-os-niveis/ |
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Nota do Comitê de Antropólogas/os Negras/osda ABA em manifestação contra linchamentos e a violência racial | ||||||||
Vibrant | ||||||||
Confira o último número da Vibrant: v-16-2019: “Safeguarding, its Genealogy and Governance. Two Essays on UNESCO’s Convention for the Safeguarding of Intangible Cultural Heritage”. http://www.vibrant.org.br/new-issue-volume-16/. |
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eventos | ||||||||
Eventos no Brasil | ||||||||
Seminário Internacional Patrimônio + Turismo – Potencial Econômico do Patrimônio em Sua Dimensão Turística | ||||||||
Data: 23 a 25 de outubro de 2019 |
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Eventos no Exterior | ||||||||
VI Congresso da Associação Latinoamericana de Antropologia – ALA | ||||||||
Data: 24 a 27 de novembro de 2020 |
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publicações | ||||||||
Chamada para artigos | ||||||||
Revista de Estudios Brasileños | ||||||||
Revista de Estudios Brasileños é uma publicação semestral e de formato eletrônico, resultado da colaboração acadêmica entre a Universidade de Salamanca (USAL) e a Universidade de São Paulo (USP), recebe até 31 de outubro de 2019, o envio de artigos para a “Seção Geral”, “Dossiê”, “Entrevistas” e “Resenhas” para o número 14 da REB, com data de publicação prevista para janeiro de 2020. Informações: http://revistas.usal.es/index.php/2386-4540/index. |
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Revista Horizontes Antropológicos | ||||||||
A Revista Horizontes Antropológicos, publicada pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, divulga chamada de artigos para a edição 59 – Edição temática Antropologia da Criança. Submissão de artigos aberta até 31 de janeiro 01 de 2020. Informações: http://seer.ufrgs.br/horizontesantropologicos. |
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Revista Iluminuras | ||||||||
Revista Iluminuras – Publicação Eletrônica do Banco de Imagens e Efeitos Visuais – NUPECS/LAS/PPGAS/IFCH/UFRGS, publica Chamada de artigos para o segundo semestre de 2020 – Edição 54 da Revista Iluminuras. Data limite para envio de propostas é 31 de maio de 2020. Informações: https://seer.ufrgs.br/iluminuras/announcement/view/1127. |
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Lançamentos – Livros 2019 | ||||||||
GUERRA, Paula; DABUL, Lígia (eds.)(2019). De Vidas Artes. Porto, Portugal. Editora: Universidade do Porto. Faculdade de Letras. http://paulaguerra.pt/wp-content/uploads/2019/09/GUERRADABUL-2019_DE-VIDAS-ARTES.pdf |
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notícias da mídia/outras | ||||||||
Resultados da pesquisa CHSSALA | ||||||||
Nos dias 23 e 24 de setembro de 2019, na sede da SBPC em São Paulo, foram apresentados às sociedades científicas que fazem parte do Fórum de Ciências Humanas, Sociais e Sociais Aplicadas, Letras e Artes (CHSSALA), os principais resultados do diagnóstico dessas áreas, realizado pelo CGEE (Centro de Gestão e Estudos Aplicados), a partir de demanda feita pelo Forum ao MCTIC em 2016. O diagnóstico mostra dados concernentes ao perfil dos pesquisadores dessas áreas, como também dados referentes aos temas e redes das pesquisas e ao seu financiamento. Traz também dados sobre como estas áreas de conhecimento estão trabalhando em temas estratégicos para o desenvolvimento do país. As Ciências Sociais Articuladas estiveram representadas na reunião por Fernanda Sobral (nossa representante na equipe de governança do projeto CHSSALA), Miriam Grossi (ANPOCS), Jacob Lima (SBS) e Heloisa Buarque de Almeida (ABA). |
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Manifesto de greve – Discentes de antropologia na UFSC em greve | ||||||||
Carta aberta a Sociedade Brasileira e ao Governo Bolsonaro, assinada por ex-coordenadores da CGIIRC, indigenista e sertanistas | ||||||||
Não interferência ideológica na Política Indigenista de proteção aos povos indígenas isolados no Brasil. |
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Associação Brasileira de Antropologia Informativo ABA |